Jovens do Norte e Nordeste realizam intercâmbio em Erebango

Edilaine Melo do Nascimento tem 20 anos e reside em Novo Progresso, no Pará. Lohana Raline Ramos de Souza, de 17 anos, é natural do Recife. Até pouco tempo uma sequer sabia da existência da outra e, agora, estão unidas no mesmo propósito e irão permanecer em Erebango durante um mês. Mas o que elas têm em comum? O sonho de obter um diploma no ensino superior, ampliar a bagagem de conhecimentos e, ainda, compartilhar os próprios saberes.
As jovens chegaram ao município na semana passada e já iniciaram as ações do programa desenvolvido pela Rede de Ensino Adventista, por meio da Faculdade Adventista da Bahia (Fadba). Edilaine é acadêmica de Pedagogia e Lohana vai ingressar no curso de Direito. “Para quem não possui condições para custear os estudos, é oferecida essa oportunidade de entrar para o programa que é desenvolvido por algumas associações. Trata-se de algo voluntário e visa proporcionar aos participantes mais aprendizado sobre as culturas, sendo que podemos escolher o Estado para realizar as atividades; e a divulgação de informações sobre saúde e qualidade de vida à comunidade que recebe as visitas”, explica Edilaine ao acrescentar que é oferecido um periódico para quem as recebe. Contudo, o principal objetivo é a troca de ideias. “Aprendemos muito ao conversar com os munícipes e conhecer suas histórias. O ser humano não evolui sozinho e esse programa nos possibilita crescer como pessoas”, declaram as jovens.
As vivências em Erebango
Além do subsídio oferecido pelo programa, elas têm o apoio do poder público que auxilia com a estadia no município. “Ocorreu um sorteio entre duplas de estudantes e fomos presenteadas com Erebango. As pessoas nos recebem muito bem, são hospitaleiras, simpáticas, e estamos otimistas”, ressaltam.
Edilaine e Lohana esbanjam alegria e entusiasmo com o projeto mas também lidam com a saudade de casa, principalmente nesse período do ano. “É desafiador pois, especialmente aqui no Rio Grande do Sul, percebemos que a valorização da família é algo ainda mais expressivo e lindo. Acreditamos que iremos sair daqui com muito mais conhecimento e gostaríamos de dizer a toda comunidade erebanguense que nosso trabalho é uma “via de mão dupla”: não estamos somente para aprender mas para transferir um pouco de conhecimento sobre nossa região e as potencialidades”, enfatizam.
O projeto, que também irá contemplar outras regiões, possibilita a obtenção de pontos para bolsas de estudo e prossegue até fevereiro, momento em que iniciam as aulas.

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