A Feira Municipal da Saúde em Erebango, realizada ontem, abriu espaço para que profissionais pudessem expor seus trabalhos. Com isso, um dos estandes foi dedicado aos membros da Casa do Artesão, projeto que está em desenvolvimento pela prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, com apoio da Emater.
Essa foi a primeira oportunidade de os artesãos mostrarem as habilidades e o apreço por cada detalhe das peças e produtos que encantaram os olhares do público.
Para eles, foi um passo muito importante nessa trajetória de empenho e busca pelo reconhecimento.
Aos 76 anos de idade, Maria Tereza Petry Hoppen, considera a Casa do Artesão um diferencial positivo e um suporte que agrega muito ao município. “Há muitas pessoas com talento e criatividade, e é necessário conceder esse espaço a todos. Farei o possível para que seja uma entidade oficial, registrada e que possa ter continuidade”, enaltece a artesã que atua especialmente na atividade de pintura em porcelana, tela, madeira e outros materiais.
Maria Tereza recorda que, a partir da aposentadoria, buscou algo que pudesse lhe fazer bem e preencher o tempo que estava de “folga”. Segundo ela, foi na pintura a sua maior identificação. “Para mim não é um trabalho, é divertimento. Um momento só meu, em que posso exercitar a criatividade e volto a atenção somente para a arte”, afirma a erebanguense.
Dois anos de dedicação à arte
Gelson Pac, de 42 anos, está animado com essa etapa de sua vida, em que pode se dedicar à arte com um novo estímulo que é a Casa do Artesão. “Acredito que vai abrir muitas portas para nós, desde a divulgação até as oportunidades para compra de materiais”, ressalta.
Ele conta que seu ofício começou há dois anos, quando parou de trabalhar como pedreiro. “Tinha todas as ferramentas e iniciei com a produção de facas, as quais já vendi até para o Rio de Janeiro. Depois me especializei aos poucos, comecei a lidar com a madeira reaproveitável e assim prosseguimos com o objetivo de melhorar cada vez mais”, declara, citando que todo processo é rústico, os desenhos são feitos à mão e têm o auxílio da lixadeira e do disco de cortar ferro.
Um dos itens que Gelson levou à feira é um balcão. O artesão relata que o tempo médio de produção é de três dias, com a secagem do verniz, uma etapa que é realizada por mais de três vezes. “Tenho bastante pedidos e almejo ter um espaço melhor para conseguir desenvolver ainda mais a atividade”, acrescenta.
Quem passou pelo Salão Paroquial pode conferir diversas peças e itens que exaltam o potencial artístico dos erebanguenses.