Rosimeri Cardoso vivencia pela segunda vez a oportunidade especial de amamentar. Isso porque, além da filha Emilli, agora é o Arthur Miguel, de 1 ano e 3 meses, quem aproveita cada segundo das mamadas.
Por ser profissional da saúde, Rosi compreende ainda mais a importância do aleitamento materno, assunto que ganha um destaque ainda mais expressivo nesse mês, por meio da campanha ‘Agosto Dourado’. Atuando como técnica em Enfermagem na Unidade Básica de Saúde de Erebango, ela destaca que durante todo o ano são concedidas orientações às mães e seus familiares sobre a amamentação.
Vale destacar que o processo possui várias etapas e no início pode ser ainda mais desafiador. “A maioria das mães tem problemas de fissuras mamárias e comigo não foi diferente. Isso acontece em razão da demanda excessiva do bebê em querer pegar o peito e a região fica sensível (por mais que durante a gestação sejam seguidos cuidados como a massagem com ducha vegetal para promover a diminuição da sensibilidade). A fissura dificultou um pouco mais, porém, não desisti. Acredito que amamentar o bebê faz parte do ser mãe”, declara Rosi ao citar que, em razão de o Arthur ser apegado ao peito, sempre ofereceu livre demanda a ele. “Alguns especialistas explicam que essa postura permite que o bebê fique saciado conforme ele quer, no tempo que desejar. Isso acontece até hoje, nos momentos em que estou em casa”, comenta.
Outro fator importante, segundo a técnica em Enfermagem, é que ela conseguiu ficar em casa até os oito meses do filho e fez a introdução alimentar sem deixar a livre demanda do leite materno. “Ele sempre teve esse benefício. Outro aspecto importante é que o estímulo da criança ao nascer é o que promove o aumento da produção de leite.
Para meu filho, amamentar é como um calmante, principalmente em situações de sono ou dor. Além disso, há uma troca muito importante de afeto e amor ao amamentar. Isso faz com que o vínculo se estabeleça ainda mais forte e para mim é muito marcante, considerando, ainda, a proteção dele contra doenças, principalmente respiratórias”, afirma.
Rosi reitera que uma dica sempre mencionada às mães na UBS, é que, se encontrar mais dificuldades, não desista e busque alternativas e posições confortáveis de amamentação. “No início é mais difícil mas depois a recompensa é enorme pelos múltiplos benefícios”, salienta ao acrescentar: “Como atuo no setor de Vacinação, oriento as mães a pesquisar sobre a mamalgesia, que é o amamentar durante a vacinação, o que possibilita um conforto e acalento da criança no momento da aplicação da dose”, explica.
Mês para sensibilizar
A enfermeira Danúbia Barela de Abreu, também integra a equipe da UBS Erebango e trabalha diretamente com as gestantes. Ela reitera que a campanha ‘Agosto Dourado’ visa sensibilizar para a importância da amamentação, para que ela seja reconhecida como fundamental para o desenvolvimento da criança. “Os benefícios, além do vínculo de amor entre mãe e filho, são: Para a mãe: Diminuição do sangramento no período do pós parto; Aceleração na perda de peso; Redução da incidência de cânceres de mama, ovário e endométrio; Proteção contra doenças cardiovasculares; Proteção contra a osteoporose e Diabetes tipo 2. E para o bebê: Maior contato com a mãe; Melhora da digestão e diminuição das cólicas; Redução do risco de doenças alérgicas; Diminuição do risco de doença de Crohn e linfoma; Estímulo e fortalecimento da arcada dentária; Prevenção de doenças contagiosas como a diarreia; Proteção do bebê contra a síndrome da morte súbita e fortalecimento do sistema imunológico, além do estímulo ao desenvolvimento cognitivo e intelectual”, pontua.
Atenção aos alimentos
Danúbia alerta que, especialmente durante a amamentação, a mãe deve observar os alimentos que são ingeridos. Essa atenção inicia antes mesmo do parto. “É fundamental, pois tudo vai para o leite ofertado. A mãe deve cuidar e não utilizar álcool, cafeína, chocolate, alimentos intensos como alho, cebola, aspargo e processados como: salsicha, refrigerante, salgadinhos, biscoitos recheados, pizza, lasanha, hambúrguer, comidas cruas da culinária japonesa, por exemplo, entre outras, além de alguns chás como: erva cidreira, orégano, salsinha, hortelã e tomilho”, enfatiza.
Acolhimento
Conforme a profissional da UBS de Erebango, o enfermeiro tem um papel muito importante no aleitamento materno, a exemplo do acolhimento da gestante durante o pré-natal, orientação e esclarecimento de dúvidas sobre a amamentação. No entanto, se a mãe não puder amamentar, o profissional deverá acolher e orientar sobre outras formas de nutrir o bebê, sobretudo com carinho e amor em todos os momentos da vida do filho. “Ele sempre sentirá o amor da mãe mesmo sem poder amamentar”, enaltece Danúbia.
Caso tenha dúvidas sobre o aleitamento materno, procure a equipe multiprofissional da UBS. Mais informações pelo telefone: 3339 1004.